Thursday 22 March 2018

Feminino e Singular

Gostava de saber porque os brasileiros trocam o genero e numero de algumas palavras... sera que alguem consegue explicar?

Porque é que um carro, repito: um carro, masculino, passa a feminino com a marca? Sim, porque é que cada vez que entrego as chaves do meu volvo a um vallet, me perguntam: a sua é a volvo? Sim, estão a ouvir bem, por aqui as pessoas tem uma Mercedes, uma Tiguan, uma Discovery, uma BMW, uma Volvo... estranho não é? Soa mal no ouvido. Afinal de contas trata-se de um carro, não de uma carro... sim, já sei que em Portugal usa-se o feminino quando se trata de uma carrinha, mas aqui nao ha isso, alias, nao se usa o termo carrinha e sinceramente nem me lembro de ver alguma carrinha na rua! 

O mesmo me intrigava em relação ao uso do plural vs singular... por exemplo, em Portugal os grupos musicais são sempre plural, são os Guns n' Roses, os Queen, os Rolling Stones, mas aqui temos o Guns, o U2, o Marron 5... Pois é se alguém quiser chamar-nos para irmos ver um concerto vai dizer qualquer coisa como isto: "E ai, vamos no show do U2?" Estranho! Na minha cabeça erradíssimo, afinal trata-se de um grupo de pessoas, por isso é que é plural... mas, afinal parece que nós não somos assim tão assertivos.... estava eu convencidíssima que falava corretissimamente quando alguém contrapõe... 
- Então, mas vocês quando vão ao futebol como é que dizem? 
Respondi: - Vamos ver o Benfica ou o Sporting.
- Nao vao ver os Benfica ou os Sporting? 
- Pois...
- Mas como, se é um grupo de pessoas a jogar??
- Uhm...

E fiquei sem palavras... isto de criticar os outros tem muito que se lhe diga! 

Domingo em Sampa

Este Domingo fomos conhecer lugares novos! Começamos por almoçar no Campo Belo, num restaurante/casa de cultura novos que se chama Gansaral, a comida e' alemã e adoramos tudo! A entrada com diferentes tipos de salsichas acompanhadas por um divinal chucrute e uma seleção de mostardas (a minha favorita e a doce), a minha torta de chucrute com bacon estava fantástica, a pizza alemã do Luis tb e as miúdas deliciaram-se com um cachorro quente e um misto quente feito com pão preto e queijo especial. O espaço e' muito giro, com uma área exterior muito agradável. E no primeiro andar tem espaço para exposições. Valeu a pena a visita!

Depois seguimos para o centro para vermos a exposicao sobre a Jamaica que esta no Sesc da 24 de Maio. Adoramos a exposição, e' um hino ao reggae, tem vários pontos para ouvir música e conta um pouco a história da música e do país. Valeu imenso a pena. Ficamos também surpreendidos pelo espaço! Nao conheciamos os Sesc e ficamos verdadeiramente impressionados, por um lado o edifício e muito giro, por outro a qualidade das instalações e serviços! Nao fomos ver a piscina (porque tinhamos que ser credenciados), mas o ginasio e' top, a parede de escalada horizontal e vertical também e a biblioteca grande e com vários espaços de leitura. Gostamos muito do nosso passeio!  













Wednesday 21 March 2018

Ayrton Senna - O musical

Comprei o bilhete no fim de semana em que anunciaram a estreia do musical Ayrton Senna em São Paulo e quando entrei no site 80% da sala já estava cheia! Fiquei impressionada. Não imaginava que um musical pudesse ter tanto sucesso, a explicação para o fenómeno tive-a assim que entrei no teatro, a quantidade de gente com t-shirts do Ayrton Senna (sem que as mesma estivessem à venda no local) diz muito sobre o estatuto de herói nacional que ele é. O Luis chegou de viagem nesse dia e eu ainda tentei comprar um bilhete para ele...  impossível, esgotadíssimo!
Mas vamos ao espetáculo. No hall de entrada do teatro fui recebida com uma pequena exposição com os momentos mais marcantes da vida do piloto: uma foto do Ayrton no primeiro kart, o primeiro Toleman onde ele quase ganhou a corrida no Monaco debaixo de chuva, o lotus onde ganhou o primeiro grande prémio, o McLarens onde ganhou a primeira corrida no Brasil com o carro sem caixa de velocidades e o Williams onde perdeu a vida, uma réplica do famoso capacete amarelo e um placard com uma foto do piloto em tamanho real... enfim, o suficiente para fazer as delícias de todos os fãs. O espetáculo é muito original, mas não o considero nada de especial, eu estava a espera de uma evolução da vida dele, mas não é isso e é difícil de explicar, sinceramente não acho que os atores vão muito bem, mas tambem nao vao mal... e as musicas tambem nao me fizeram o gosto, o que vale imenso a pena sao os ultimos 10 minutos do espetáculo em que finalmente se ouve a música da vitória e que realmente nos remete para alguns anos atrás. Para os fas, vale a pena ir ver, para os nao fas eu acho que nao vale a pena.






Wednesday 7 March 2018

Av. Paulista e a Japan House

Já faz tempo que a Japan House foi inaugurada na Av. Paulista e já tínhamos passado por lá diversas vezes, tivemos sempre muita vontade de entrar e matar saudades dessa cultura fantástica onde vivemos 3 anos das nossas vidas, mas a fila a porta foi sempre gigante e por isso ainda não tínhamos conseguido visitá-la por dentro, ate que decidimos sair de casa num bellissimo final de tarde de Carnaval e descobrimos que nos dias de Carnaval só os bloquinhos estão cheios, o resto da cidade, os museus e os melhores restaurantes estão desertos! #ficaadica a quem fica por aqui no Carnaval e se cansa de pular!

O edifício é lindo, mas confesso que a expectativa era tao grande pelo seu interior que deixou um bocadinho a desejar, para além de uma loja de tecidos japoneses, de um restaurante, de um café muito giros (acredito que também bons, mas não experimentamos) e de uma coleção de livros sobre a cultura japonesa (a maioria em japonês) muito interessante e vimos a exposição temporária "Sou Fujimoto", que se trata de uma coleção de fotografias e miniaturas de trabalhos arquitetônicos uns apenas projectos, outros tornados realidade, do famoso gabinete de arquitectura Japonesa. A visita por fora vale a pena e se conseguirem jantar, parece que também vale, mas sinceramente ficar 1 hora na fila a espera, mesmo para uma apaixonada pelo Japão como eu sou... nao vale!

Em seguida, demos um passeio pela Paulista, que aquela hora (por do sol) nos brindou com umas cores lindas! E entramos nos Jardins onde fomos ao restaurante: Chef Rouge, um restaurante francês onde é dificílimo arranjar mesa (é preciso marcar com vários dias de antecedência) e não ficamos desiludidos, comemos maravilhosamente bem e o lugar é muito giro, um excelente bistrot frances, recomendo vivamente!








Monday 5 March 2018

Tarde no Centro

O centro de São Paulo é muito bonito. Edifícios lindos, praças fantásticas, jardins, igrejas enfim, é uma região de São Paulo que gosto muito e que tenho pena de não visitar mais, mas que infelizmente está muito degradada. Para além dos riscos nas paredes, a quantidade de moradores de rua e drogados, torna a região perigosa (especialmente ao fim do dia e a noite) e deixa-me sempre receosa a passear, parece que nunca estou totalmente confortável. Mas, a verdade é que o centro tem muitas coisas boas e, com as devidas precauções, vale imenso a pena visitar e hoje foi mais um exemplo de uma tarde top!
Fui almoçar com a querida D. ao restaurante Esther que fica bem no centro de Sampa, no topo do edifício com o mesmo nome, trata-se do restaurante do famoso chef Olivier onde para além da comida ser excelente, a vista sobre São Paulo é deslumbrante. 
Mas, o passeio não acabou aí, em seguida fomos ao Centro Cultural do Banco do Brasil (prédio lindo, onde nasceu a primeira sucursal do banco em São Paulo), ver uma exposição de Jean-Michel Basquiat que eu não conhecia, mas gostei de ficar a conhecer, não tanto pelos quadros, mas mais pela história. Trata-se de um artista de rua de Nova Iorque que viveu durante os anos 70 e morreu muito novo (overdose de heroína), com apenas 27 anos. O que é curioso é que os quadros podiam ter sido feitos por qualquer artista de rua, nao sao melhores, mais originais, ou peculiares, por isso, porque razão é que os quadros dele valem milhões e os outros não? Como a D. tão bem disse, porque é que com ele deu certo e com os outros não? Parece-me realmente estranho.... é mais um caso em que se aplica perfeitamente a expressão, "mais vale cair em graça do que ser engraçado".












Sunday 4 March 2018

Run the Bridge

Foi a minha 4 corrida de rua em São Paulo, a Run the Bridge começa e acaba na Ponte Estaiada de São Paulo e passa-se ao longo da Marginal do rio Pinheiros. A ponte e' o cartão postal da cidade e por isso uma excelente oportunidade para a observar. 
Foram novamente 10K, mas desta vez não consegui fazer tudo a correr, senti-me demasiado cansada e por isso fiz algumas partes a caminhar, foi muito difícil. Desde que magoei o tornozelo no Carnaval que quase não corri, por isso não estava tão bem preparada, mas também acho que o percurso não ajudou. Desde que cheguei a São Paulo que sempre me recusei a correr perto do rio por causa do cheiro que e' nauseabundo, e realmente confirma-se, nalgumas partes foi melhor do que noutras (Km 6 foi péssimo), mas a verdade e' que se sente sempre o cheiro, mas para mim o pior e' que o percurso e' uma recta infinita, nao ha curvas, árvores, pequenas subidas e descidas, apenas se vê uma multidão de gente que parece não acabar nunca, se somarmos ainda que esteve uma manhã bastante quente com sol e quase não há sombras no percurso, foi muito muito cansativo, houve algumas vezes em que andei para recuperar um pouco e bebi litros de agua ao longo de toda a corrida. Foi mais uma experiência, coitadas da E. e S. que fizeram a corrida em menos de 1h e tiveram que esperar por mim, mas pelo menos ja posso dizer que corri na Ponte Estaiada de Sampa!